Suicídio na adolescência

Não seria exagero dizer que jamais se viu tanta preocupação e tantas ações para prevenção do suicídio como hoje em dia no Brasil.  Tanto que foi criada a campanha preventiva “Setembro Amarelo”, no ano de 2015.

Diversas mídias como o Facebook, Instagram e Youtube possuem até políticas próprias para o assunto. Além disso, as políticas governamentais e iniciativas de ONGs e empresas privadas estão cada vez mais intensas para alertar sobre o tema.

Isso ocorre porque estamos vivenciando um expressivo aumento nos índices de suicídio, sendo esse o quarto maior motivo de mortes entre jovens de 15 e 29 anos, no país, com um aumento de 10% nos índices, desde 2002.

Com o objetivo de alertar e esclarecer sobre esse problema, selecionamos as principais informações sobre o suicídio. Elas também poderão ajudar você a identificar se alguém próximo apresenta sinais que possam indicar vontade de atentar contra a própria vida.

 

  • Principais causas do suicídio

Problemas que geram intenso sofrimento emocional, como bullying, perda de pessoas queridas e próximas, problemas familiares e o abuso de drogas estão entre as principais causas do suicídio.

Além disso, doenças como depressão e transtorno bipolar estão presentes entre diagnósticos de muitos jovens que tiraram a própria vida.

 

  • Como identifico se alguém próximo tem ideias suicidas?

Pessoas com inclinações ao suicídio geralmente apresentam sintomas semelhantes aos de depressão, sendo alguns deles:

  • Apatia;
  • Tristeza;
  • Falta de cuidados próprios;
  • Falta de vontade de desempenhar atividades cotidianas;
  • Falta de prazer em atividades que antes gostavam;
  • Perda de perspectiva sobre o futuro;
  • Pensamentos sobre autodestruição e morte;
  • Automutilação ou comportamentos auto agressivos, como bater em si mesmo e se arranhar;
  • Realização de comentários irônicos e até mesmo piadas com a ideia de morte, para disfarçar.

Uma constante é que essas pessoas passam a falar muito sobre assuntos mórbidos, a procurar informações sobre suicídio e falar sobre isso, principalmente quando antes não havia interesse sobre o assunto.

 

  • O que fazer para ajudar um suicida?

Muitas vezes, as pessoas confundem o desespero e pedidos de ajuda com necessidade de chamar atenção e auto piedade.

Infelizmente, muitos com ideias suicidas – principalmente jovens – não percebem que apresentam essa tendência, ou não sabem expressar como se sentem.

Um problema que agrava ainda mais essa questão na juventude é a dificuldade de encontrar uma identificação coletiva e os desafios da transição para a idade adulta.

Essas questões fazem com que muitos se aproximem de grupos que preferem conteúdos mais mórbidos ou sejam bastante rebeldes, como góticos ou punks.

Identificar-se com esses grupos não indica que a pessoa apresente ideias suicidas, até porque muitas delas são plenamente felizes se expressando dentro dessas culturas.

Porém, caso o jovem passe a falar muito sobre morte e não tenha um bom diálogo com a família, é sempre necessário prestar atenção, já que muitos suicidas evitam conversas por não querer incomodar.

Outra característica comum é que esses jovens não falem de seus problemas e se demonstrem menos merecedores de pequenas coisas, como presentes ou até mesmo lazer.

Por isso é sempre muito indicado conversar bastante com os filhos, com os amigos, tentar entender a situação que vivenciam, mostrar que existem soluções e, claro, expressar seu carinho e sua preocupação com a pessoa.

 

  • Meios existentes para quem procura ajuda

Caso você sinta que precisa de ajuda ou conheça alguém em busca de apoio, o melhor a fazer é procurar atendimento profissional com um psicólogo ou terapeuta especializado.

Diversos municípios oferecem tratamento gratuito pelo CAPS ou então através das universidades, com iniciativas como Clínicas-escola.

Outra maneira de procurar uma palavra amiga é ligando para o Centro de Valorização da Vida – CVV, ONG que treina voluntários para conversar com quem esteja enfrentando problemas.

Os números da Central de Atendimento do CVV variam de acordo com estado do país onde você esteja. Também é possível fazer o contato pelo site, através do www.cvv.org.br.

 

 

A melhor maneira de combater o suicídio é com diálogo, respeito e carinho, demonstrando para os jovens que sempre pode haver uma solução para seus problemas.

Sempre converse com as pessoas próximas a você, ouça o que elas têm a dizer, e tente entender sua visão de mundo e pensamentos, afinal nenhuma pessoa é igual a outra e nenhuma verdade é única.

Se você perceber que não consegue ajudar, ofereça apoio, levando-a para conhecer profissionais qualificados e se esforçando para ajudá-la a enfrentar os momentos mais difíceis da vida.

2018-06-18T14:00:27+00:00

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